PLANO DE CIDADE POSICIONAMENTOS PÚBLICOS

Objetivo 15 Vida terrestre

Objetivo 15

Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade

A Estação Ecológica de Ribeirão Preto, principal área de conservação ambiental da cidade, tem tamanho equivalente ao de 215 gramados do estádio do Maracanã. Em 2014 ela sofreu dois incêndios, que destruíram 63% de seu território. Cinco anos depois, apenas 10 hectares foram recuperados. Segundo estudo elaborado pela USP em 2017, apenas 16,7% da área urbana da cidade é coberta por árvores.

A recuperação e preservação da Estação Ecológica de Ribeirão Preto, maior reserva ambiental da cidade, é uma das prioridades de curto prazo para o município no âmbito do décimo quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Popularmente conhecida como Mata Santa Tereza, localizada na zona Sul do município, ela tem 153,95 hectares – o equivalente a 215 gramados do estádio do Maracanã.

Segundo seu Plano de Manejo, elaborado em 2010, a Estação é o local de maior riqueza vegetal do município, com 283 espécies cadastradas, desde árvores a arbustos. O documento aponta, também, a existência de 126 espécies de aves e nove de mamíferos.

Mapa retirado do site www.uc.socioambiental.org

Dois incêndios que se alastraram pela mata em 2014, porém, consumiram cerca de 98 hectares, equivalentes a 63% de sua área total.

Cinco anos após o desastre ambiental, a recuperação está em andamento, mas longe de atingir toda a área devastada pelo desastre ambiental.

Segundo o governo estadual, responsável pelo gerenciamento da Estação, dois projetos de recuperação mediante compensação ambiental foram aprovados, totalizando 82 hectares.

A Secretaria do Estado do Meio Ambiente informou que um projeto de restauração ecológica de 42 hectares está em execução desde outubro de 2018, sendo que 10 hectares foram recuperados até junho de 2019. A previsão de conclusão é o ano de 2024.

Já o projeto de recuperação dos outros 40 hectares está com o prazo de execução em elaboração.


O ODS 15 propõe “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade”.

Em Ribeirão Preto, duas áreas de preservação estão cadastradas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, gerenciado pelo Governo Federal.

Além da Estação Ecológica, consta também a APA (Área de Proteção Ambiental) do Morro São Bento, com 34 hectares.

Enquanto a Estação Ecológica tem preservação total, a APA do Morro São Bento tem regras de “uso sustentável” (coibindo, por exemplo, barulho e eventos que gerem poluição).

Simone Kandratavicius, diretora da ONG Pau-Brasil, explica que as unidades de conservação “auxiliam em desde a regulação do clima e da umidade e permeabilização do solo para recarga do Aquífero Guarani até proteger a biodiversidade, preservando espécies ameaçadas de extinção”.

A Estação Ecológica, aponta, também tem função de incentivar pesquisas e servir de apoio educativo.

Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a  Estação Ecológica de Ribeirão Preto foi criado em 1957 como Reserva Estadual Florestal, se transformando em Estação Ecológica em 1984.

Além dos incêndios, a área é pressionada pela expansão urbana do município.

Nova estação

Em março de 2018, a Prefeitura de Ribeirão Preto criou, por meio de decreto, a Estação Ecológica Guarani, em área de 43 hectares que fica em local de recarga do aquífero Guarani, na zona Leste da cidade.

Segundo o site da prefeitura, “na Estação só serão permitidas alterações do ecossistema que visem à restauração; manejo de espécies para preservação biológica; coleta de componentes do ecossistema com a finalidade cientifica; e pesquisas científicas”.

Arborização

Estudo realizado pelo Departamento de Ciências Florestais da USP de Piracicaba em 2017, a pedido da prefeitura de Ribeirão Preto, apontou que apenas 16,7% da área urbana da cidade é preenchida por árvores.

Em 2012 o Departamento realizou diagnóstico semelhante, que resultou no Plano Diretor de Arborização Urbana da cidade. Àépoca, a cobertura arbórea de Ribeirão era de 23,6%.

Em entrevista ao jornal A Cidade, o coordenador do estudo afirmou que os percentuais de 2012 e 2017 não podiam ser comparados, pois a tecnologia utilizada foi diferente.

Ele, porém, apontou ao jornal que as imagens evidenciaram que não houve evolução da área verde nesse período.

Segundo o estudo, a taxa de cobertura arbórea é diferente em cada região da cidade. Enquanto na zona Norte chega a 19,96%, na zona Oeste é de apenas  12,7%.

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