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Reportagens relacionadas à Covid vencem 2ª Edição do Prêmio Nicola Tornatore

Reportagens relacionadas à pandemia do novo coronavírus foram as vencedoras da 2ª Edição do Prêmio Jornalístico Nicola Tornatore, destinado a incentivar conteúdo investigativo e que amplie o controle social sobre políticas públicas em Ribeirão Preto.

A premiação é promovida pelo Instituto Ribeirão 2030, Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), com apoio dos cursos de jornalismo da Estácio, Unaerp e Barão de Mauá.

Publicadas no Portal Revide, as matérias sobre divergências entre os dados oficiais de internados por Covid-19 em Ribeirão Preto, de autoria do jornalista Paulo Apolinário, foram as vencedoras desta edição do Prêmio Nicola Tornatore. Elas mostraram como a Secretaria Municipal de Saúde divulgava dados desatualizados e conflitantes, em desconformidade com a legislação, prejudicando o combate à pandemia.

Já a série de reportagens intitulada ‘Farra das ambulâncias’, veiculadas nas multiplataformas do Grupo Thathi, ficou com a menção honrosa. Investigando possíveis irregularidades em um processo licitatório, os jornalistas acompanharam desde a denúncia inicial até as repercussões no Legislativo, investigações na Polícia Federal e desfecho no Judiciário. A coordenação foi do jornalista Eduardo Schiavoni, com colaboração de Gleice Lira e Antonio Melo.

Ao todo, seis trabalhos jornalísticos produzidos em 2020 foram inscritos, de profissionais da Revide, Thathi, G1 e ACidade ON. Em razão da pandemia, o edital da segunda edição do Prêmio Nicola Tornatore prevê a premiação apenas do trabalho vencedor e da menção honrosa.

Todos os trabalhos inscritos foram avaliados por uma banca de cinco jurados: um representante da coordenação do curso de jornalismo da Unaerp, Estácio e Barão do Mauá, um integrante do Conselho Municipal de Transparência e um representante do Instituto Ribeirão 2030.

Cada jurado atribui pontos às reportagens, de acordo com os critérios estabelecidos no edital. O trabalho com maior pontuação na somatória é o vencedor, que recebe prêmio de R$ 800. A menção honrosa, com premiação de R$ 500, foi concedida pelos critérios de pontuação e relevância, por maioria dos jurados.

“Em um ano com inúmeras dificuldades, em que o jornalismo e a apuração foram tão essenciais, parabenizo os participantes da segunda edição do Prêmio Nicola Tornatore. A reportagem vencedora traz mais transparência aos dados relacionados à Covid, e o trabalho que jogou luz em um processo licitatório de compras públicas [ambulâncias] foi essencial, merecendo a menção honrosa”, afirma Fernanda Braga, representante da Estácio na banca examinadora.

Para Gil Santiago, coordenador do curso de jornalismo da Unaerp, “o prêmio é um reconhecimento do trabalho jornalístico consistente, profissional e ético; todas as matérias inscritas são indicadores do jornalismo de vigilância, de uma mídia local atenta e conectada com a sociedade”.

Victor Jorge, presidente do Conselho Municipal de Transparência, elogiou a qualidade das matérias inscritas. “Mostram como a imprensa é um pilar fundamental para o aprimoramento da transparência publica”, afirmou.

“Tive o prazer de trabalhar em inúmeras oportunidades com o Nicola [Tornatore], ele sempre priorizou o que era o melhor para a cidade. A reportagem vencedora dialoga com o trabalho dele, enxerguei um trabalho em prol de mudanças positivas para Ribeirão”, explica Jefferson Barcellos, representante da Barão de Mauá.

Cristiano Pavini, superintendente do Instituto Ribeirão 2030 e um dos jurados, reforçou que “todos os trabalhos inscritos abordaram temas de relevância para o debate público, evidenciando a força e relevância do jornalismo local”. Ele ressaltou a importância das universidades e das entidades representativas, Acirp e Ciesp, para a viabilização do prêmio.

Na segunda edição não foram inscritos trabalhos na categoria universitário.


NICOLA

O Prêmio Nicola Tornatore segue o 16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem metas de “reduzir substancialmente a corrupção e o suborno”, “desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes”, “garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa” e “assegurar o acesso público à informação”.

Nicola Tornatore trabalhou por três décadas no jornalismo, atuando em veículos como os jornais A Cidade e Tribuna. Ele morreu vítima de parada cardiorrespiratória em junho de 2018, aos 52 anos. Meses antes, publicou no jornal Tribuna uma série de reportagens sobre os supersalários pagos pela Câmara de Ribeirão Preto.

Ele também é autor de livros como “Crimes na Pequena Paris”, “Adelaide: A história da parteira de 12.630 bebês”, “RMRP – A História da Região Metropo­litana de Ribeirão Preto” e “A Origem das Cidades”.

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