Com inscrições abertas até 10 de setembro de 2019, o prêmio Nicola Tornatore de Jornalismo, promovido pelo Instituto Ribeirão 2030, incentiva a participação de estudantes com reportagens abordando os seguintes temas: corrupção, transparência, ineficiência no uso de recursos públicos e controle social no município de Ribeirão Preto.
Serão premiadas as três melhores reportagens, de acordo com avaliação de uma comissão julgadora composta por sete profissionais (representantes da coordenação dos cursos de jornalismo da Unaerp, Barão de Mauá e Estácio de Sá, integrantes do Instituto Ribeirão 2030 e do Comitê de Transparência). O vencedor receberá R$ 1.000, o segundo colocado R$ 500 e o terceiro um e-reader Kindle.
O prêmio não possui divisão por categorias ou formatos, concorrendo em conjunto profissionais que atuam em veículos de comunicação e estudantes de graduação em jornalismo.
Os critérios de premiação, porém, foram elaborados para que os universitários tenham iguais condições na competição. As reportagens serão avaliadas em cinco indicadores, sendo os fatores de ineditismo e impacto social os mais importantes.
Reportagens publicadas por estudantes em veículos universitários (programas de rádio, jornais e revistas, portal na internet, podcasts, documentários, laboratório de TV, entre outros), desde que abordando as temáticas e seguindo os critérios do edital, poderão concorrer.
O ineditismo da reportagem pode ser mensurado por desde uma reportagem investigativa a, até, abordagem de temas que não são destaque no debate público. O impacto social avalia as consequências diretas e indiretas da apuração (como repercussão na sociedade, correção de irregularidades pelo poder público, possibilidade de geração de debates futuros, entre outros).
Gil Santiago, coordenador do curso de jornalismo da Unaerp, aponta que o Prêmio Jornalístico Nicola Tornatore, “instiga o senso crítico nos alunos, estimulando-os a escrever sobre temas relevantes e principalmente incentivar trabalhos jornalísticos investigativos”, apontando que “contribui para o reconhecimento da função social da mídia e sua contribuição na difusão de informações e no fortalecimento da cidadania”. Além disso, “vai de encontro ao trabalho realizado no curso, de formar profissionais pensantes, críticos, éticos e autônomos”.
Segundo Fernanda Cicillini Braga, professora do curso de jornalismo da Estácio de Sá, “é muito importante levantar a discussão da prática do bom jornalismo, principalmente para dentro das faculdades, onde estão se formando jornalistas que atuarão em um ambiente em que o leitor é cada vez mais crítico e participante”. Ela ressalta que o prêmio Nicola Tornatore “engrandece e estimula a prática do bom jornalismo, que é mais do que nunca essencial no combate à desinformação”.
Para Jefferson Alves de Barcellos, docente de jornalismo na Barão de Mauá, “essa premiação, ancorada no nome do Nicola, valoriza e traz a importância de termos uma imersão nos assuntos, pesquisas e questões jornalísticas que envolvem maior apuração e dedicação”. Ele diz que Ribeirão preto “de forma recorrente sempre produziu um jornalismo de ponta, de extrema importância, mas que tem ficado adormecido e em segundo plano”, e que a valorização beneficiará tanto profissionais já inseridos no mercado quanto estudantes em formação.
A íntegra do edital está disponível em: http://www.ribeirao2030.com.br/premio-nicola-tornatore/
Trabalhou por três décadas no jornalismo de Ribeirão Preto, atuando em veículos como os jornais A Cidade e Tribuna. Ele morreu vítima de parada cardiorrespiratória em junho de 2018, aos 52 anos. Meses antes, publicou no jornal Tribuna uma série de reportagens sobre os supersalários pagos pela Câmara.
Ele também é autor de livros como “Crimes na Pequena Paris”, “Adelaide: A história da parteira de 12.630 bebês”, “RMRP – A História da Região Metropolitana de Ribeirão Preto” e “A Origem das Cidades”.
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