Conflito de Políticas Prejudica Ribeirão Preto

ADRIANA SILVA

O Instituto Ribeirão 2030 está solidário à ACIRP, ao SINCOVARP, ao Sincomerciários; ao Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes e Vendedores Ambulantes de Ribeirão Preto; e à AMEC – Associação dos Amigos, Moradores e Empresários do Centro de Ribeirão Preto e disposto a dar sua contribuição para que o debate não cesse sem respostas profundas e edificantes. Ribeirão Preto merece muito mais.

Daqui um pouco a Câmara Municipal, casa do poder Legislativo, protagonizará debate sobre a presença dos camelôs no centro da cidade. O problema não é novo e, por isso mesmo, emergente, ou seja, o que está acontecendo hoje reflete diretamente o que não foi feito ontem, antes de ontem, e muitos dias atrás.

Alguns agentes políticos aproveitam a oportunidade para colocar em lados opostos instituições diferentes. Tentam garantir o direito de comercializar do camelô argumentando a partir do campo social, criando um mal-estar coletivo.

É importante considerar que a organização da sociedade está sistematizada por leis e ao exigir o pagamento de tributos, por exemplo, para os que se estabelecem comercialmente, cria, logo imediatamente, regras condicionadas: para comercializar é preciso se organizar e devolver tributos aos governos. A abertura de brecha para que as regras sejam descumpridas desestrutura um sistema que já pede para ser fortalecido, visto os problemas políticos desse país.

O economista Otto Scharmer diz que a energia segue a atenção. Nesse momento, ao colocar toda a atenção em um projeto de lei que propõe a quebra de regras em nome de um problema que é, antes de mais nada, social, faz esvair a energia que deveria estar sendo concentrada a favor da edificação de uma Ribeirão Melhor.

Já no passado, a criação do Centro Popular de Compras significou uma ação imediata sem relação com uma política estruturante, aquela que ao transformar qualifica. Todos clamam por transformações, mas não está imediatamente correlacionado transformação com melhoria, algumas podem nos levar para mais atrás ainda.

É preciso ter visão de futuro. É preciso enxergar mais longe e propor ações que definitivamente transformam para melhor essa cidade que é de todos que moram nela.

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