14/06/2024
AçõesO presidente do instituto, Silvio Contart, esteve entre os debatedores do primeiro dia do encontro que pretende apresentar soluções para revitalizar o centro de Ribeirão
Analisar caminhos para revitalizar a região central de Ribeirão Preto. Esse foi o tema de evento realizado pelo Grupo Thathi de Comunicação na terça-feira, dia 11, na Biblioteca Sinhá Junqueira. O Instituto Ribeirão 2030 esteve presente entre os debatedores especialistas com o arquiteto, urbanista e presidente Silvio Contart.
Também participaram a arquiteta Adriana Levisky, o empresário João Paulo Fortes Guimarães, o secretário municipal de Planejanento Amauri Lepore e o secretário adjunto de Urbanismo e Licenciamento da capital paulista José Armênio de Brito Cruz. O debate foi mediado pelo jornalista Francisco Ferreira.
Entre os principais temas discutidos está o conceito do retrofit, técnica de revitalização de construções antigas. O objetivo é transformar edificações do passado, adaptando-as às necessidades atuais. Mas não se trata de simples reforma ou restauração. “A revitalização do centro, como já vem sendo feita em outras cidades de grande porte, depende do interesse e investimento de todos os envolvidos. Todos sabemos que é necessário revitalizar, mas é fundamental ter em mãos um plano de ações coerente, a longo prazo e que tenha participação efetiva do poder público”, frisou Silvio.
De acordo com José Armênio, que trouxe a experiência da cidade de São Paulo, na capital 43% dos bens tombados pelo patrimônio histórico estão no centro. Lá foi implantado o projeto “Requalifica Centro”, que integra o PIV – Plano de Intervenção Urbanística. “Para o êxito da iniciativa são essenciais dois pilares: o vetor de incentivo edilício (que adapte os prédios às necessidades atuais) e o vetor financeiro de investimentos para concretizar os projetos”, detalha. Ainda segundo o secretário a densidade urbana média de Ribeirão Preto é de 50 moradores por hectare, enquanto em SP é de 120 e na França, por exemplo, 300.
O secretário municipal destacou que a realidade local é de vazios urbanos pulverizados que requerem ações diversas. Relatou que a atual administração incluiu embasamento legal para as revitalizações nos planos de desenvolvimento. “Temos 21 mil pessoas no centro, cerca de 3% da população da cidade. São 1651 imóveis comerciais, 2070 residenciais, 37 tombados. Foram apenas 11 alvarás de construção nos últimos cinco anos”, frisou Amauri.
Para Adriana cabe ao poder público ser o articulador para definir o reaproveitamento dos espaços, considerando o que a comunidade tem a dizer, ou seja, soluções sinérgicas que nascem do que anseiam muitas vozes. “É preciso ativar o território com o resgate do patrimônio histórico e valorização de todos os espaços”, analisa.
“Os empresários do setor querem vir, participar, mas ninguém pode perder investimentos sem planejamento. Isso é tão importante quanto a felicidade de quem decide vir morar no centro”, conclui o empresário José Paulo. O evento conversa no centro ainda terá mais dois encontros.
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