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IR 2030 lança estudo sobre planejamento urbano em debate com especialistas

12/05/2025

Ações

Apresentação do diagnóstico inédito, com proposta para melhorar o futuro de Ribeirão Preto, contou com a presença de autoridades municipais e representantes de institutos de planejamento brasileiros

“Um Olhar para o Futuro: Diagnóstico e proposta para um planejamento estratégico e sustentável em Ribeirão Preto”. Esse é o título da mais nova publicação técnica apresentada pelo Instituto Ribeirão 2030 (IR2030). O evento de lançamento foi realizado na quarta-feira, dia sete de maio, no auditório da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

O debate sobre o tema congregou membros do IR2030, empresários, estudantes e profissionais da área, autoridades e especialistas. O vice-prefeito Alessandro Maraca esteve representando oficialmente o prefeito Ricardo Silva. Ele destacou a importância da proposta de ser criado um instituto de planejamento em Ribeirão Preto que pense a cidade em longo prazo, criando sinergia entre diferentes pastas envolvidas. Maraca também reconheceu publicamente a qualidade técnica e a importância dos estudos que o Instituto Ribeirão 2030 vem desenvolvendo ao longo dos anos, afirmando ainda que a nova gestão recebe o atual estudo sobre planejamento urbano como um “presente”.

Silvio Contart, arquiteto e urbanista, presidente do IR2030, falou sobre a trajetória do instituto, o compromisso com a cidade e a legitimidade do processo coletivo que culminou na produção do documento. Durante a fala de abertura também agradeceu o apoio dos mantenedores do IR2030 e os patrocinadores responsáveis pela impressão do estudo: 4Cs, ACIRP, Alberto Borges Matias, AWApec, Basequímica, BILD e Vila do Ipê.

A apresentação técnica do estudo foi conduzida por Gabriela Rosa, Diretora de Projetos do IR2030, autora da publicação. O diagnóstico revela as fragilidades do modelo atual de planejamento de Ribeirão Preto, como a falta de visão de cidade compartilhada, a fragmentação da gestão, o planejamento relegado a segundo plano, a ausência de dados consistentes e as falhas na representação popular. As consequências diretas desse cenário, como a expansão urbana desordenada, o abandono da região central, a fragilidade ambiental, as perdas econômicas e os problemas de mobilidade, foram ilustradas com dados e exemplos práticos, evidenciando a urgência de uma mudança de paradigma.

A proposta central do estudo para os problemas da cidade também foi apresentada: a criação de um Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano para Ribeirão Preto. Gabriela Rosa explicou o que é um instituto, por que ele funciona melhor que um departamento dentro de uma secretaria – destacando a autonomia, o foco exclusivo e a visão de longo prazo – e quais as características imprescindíveis que o futuro órgão deve ter para garantir sua efetividade. A proposta, embasada na análise comparativa de institutos de planejamento de todo o Brasil, foi apresentada como uma solução viável e adaptável à realidade local.

Outro destaque da noite foi o painel de debates, transmitido ao vivo com a participação remota de renomados especialistas:

– Cristiana Scorza Guimaraens, do Ministério das Cidades, apresentou a visão federal e o apoio do governo a iniciativas que fortalecem o planejamento estratégico municipal;
– Larissa Menescal, da InREDE, trouxe a perspectiva da Rede Brasileira de Institutos de Planejamento e a experiência do Instituto de Planejamento e Pesquisa de Fortaleza, onde é servidora de carreira;
– Thomaz Ramalho, do IPPUC Curitiba, ofereceu a perspectiva histórica e o legado do primeiro instituto de planejamento do país, um modelo de sucesso reconhecido internacionalmente;
– Antônio Carvalho, Presidente do Iplan Maceió e do Fórum Inova Cidades, apresentou a visão do instituto mais recentemente criado no Brasil, mostrando os desafios e aprendizados iniciais.

José Antônio Lanchoti, servidor de carreira da Secretaria Municipal de Planejamento, contribuiu com a visão institucional local. Segundo ele, o tema encontra aderência na nova gestão, que reconhece a importância de um órgão dedicado ao planejamento, para lidar com os problemas complexos da cidade. Essa perspectiva mostra um possível caminho de convergência.

O debate permitiu uma troca rica de experiências, evidenciando os benefícios e a adaptabilidade dos institutos de planejamento para diferentes realidades urbanas. O evento foi transmitido ao vivo e está disponível para visualização no canal do Instituto Ribeirão 2030 no Youtube (link abaixo).

No encerramento, Gabriela agradeceu os debatedores, o público e os parceiros. Fez um chamado à ação para que a nova gestão municipal analise com seriedade as propostas do estudo e abra diálogo com o IR2030 e demais entidades. “Estamos diante de uma grande oportunidade de reescrever a forma como Ribeirão Preto pensa e constrói seu futuro”, afirmou. A sociedade civil também foi conclamada a apoiar a iniciativa e participar ativamente da construção de uma cidade melhor.

Com o estudo disponível on line de forma gratuita e o debate proposto, o Instituto Ribeirão 2030 se coloca à disposição para contribuir tecnicamente com o município e espera que o material seja um catalisador de mudanças reais e sustentáveis para a cidade.

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